Escrever era a única coisa que preenchia minha vida e a encantava. Foi o que fiz. A escrita jamais me abandonou.
Em torno de nós, tudo escreve, é isso que precisamos perceber, tudo escreve, a mosca, ela, ela escreve, nas paredes, ela escreveu bastante na luz da grande sala, refletida pelo lago.
Escrever.
Não posso.
Ninguém pode.
É preciso dizer: não podemos.
E escrevemos.
Fragmentos de "Escrever" (2021, p. 25, 55 e 63), de Marguerite Duras.